Na base dos chutões, parecia que Durval tinha voltado à zaga
Além de não focar no padrão tático que desenvolveu durante a primeira fase, o Santos abusou dos chutões na final, principalmente com os dois zagueiros centrais. A bola batia e voltava, é claro, pois Damião, que nem de frente consegue cabecear corretamente, imagine de costas para o gol. Mil vezes não!
Nosso meio campo, que desde a saída de Montillo sente a falta de um armador, trabalhou muito mal na criação de jogadas. Cícero até tentou aparecer mais e distribuir as jogadas, mas infelizmente a falta de inspiração e principalmente movimentação do time na frente não ajudaram em nada para buscar o resultado que traria o título.
Geuvânio sumiu na final
Nos dois jogos contra o Ituano, Geuvânio foi muito mal. Criou e driblou muito pouco, e mesmo assim, teve a bola do campeonato com uma chance cara a cara com o goleiro. É novo, tem talento, mas talvez pela pressão e até certas peças do jornalismo dizendo que a joia "tem grande chance de estar na Copa de 2018".
É preciso dar mais tempo e acabar essa ânsia por outro Neymar ou Robinho.
Sobre Oswaldo, Leandro Damião e diretoria
Oswaldo merece continuidade. Fez um bom trabalho até a semifinal e os erros foram mais dos jogadores do que do próprio treinador. Seu único e considerável erro é manter David Braz, um zagueiro fraco e que não passa nenhuma segurança, mas mesmo assim continua a fazer suas gracinhas de vez em quando.
Sobre o Damião, é um jogador limitadíssimo, que apesar de ter passagens pela seleção, tem lances bisonhos que só não nos faz ter saudade de Val Baiano e Marcelo Peabiru. E a diretoria é maior culpada disso por ter pagado 40 milhões num jogador que não vale 15 e agora tem um prazo para pagar o empréstimo. Detalhe: se envolveu com um cidadão que deixou uma dívida enorme para o clube nos anos 90.
O que esperar para o Brasileirão?
Título, com o elenco atual, é difícil. Mas com duas ou três peças boas, dá para ficar na frente da tabela. Diego, que acho difícil vir pelo perfil extremamente profissional e priorizar dinheiro e projetos (e não há nenhum problema nisso). Está emprestado a um time semifinalista da Champions League e ficará livre para renovar o contrato após o fim da temporada europeia.
Não será fácil. O time está sem patrocinador há 18 meses e atrasou salários nos últimos meses. O prêmio de R$ 2,5 milhões do Paulistão já ajudaria para dar um fôlego nas finanças. E pra ajudar, ainda há a bucha de 40 milhões de reais chamada Leandro Damião.
Vamos ao Brasileirão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário