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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Santos volta ao Brasileirão com o mesmo time do primeiro semestre


Cercado de expectativas para contratações durante a Copa, o Santos foi bem tímido para quem desejava contar com jogadores de peso. O volante Souza (ex-Palmeiras e Cruzeiro) e o lateral-direito Vitor Ferraz (ex-Coritiba) foram as únicas durante a Copa do Mundo. O elenco ainda teve as saídas do supervalorizado Cícero e da ex-promessa Vitor Andrade, que se mandou para o Benfica.

Primeiramente, devemos lembrar que o elenco vice-campeão paulista não tem as mínimas chances de título neste Brasileirão, mas também pode fazer um bom campeonato. Rebaixamento? Não acredito nesta chance. 

O foco desse texto é outro, pois gosto do trabalho do Oswaldo de Oliveira, o mesmo técnico que detestava em 2005. A questão é a omissão da diretoria que consegue ser a pior deste século. Quando falo "deste século", me refiro a este mandato de 2012 até o final do ano. Odílio é fraquíssimo e fanfarrão e só com a contratação de Leandro Damião podemos expor o tamanho de sua incompetência. Zinho, que foi escolhido por Odílio, não consegue trazer jogadores de peso desde que chegou, exceto Damião que está longe de ser uma negociação rentável para o clube, tanto dentro quanto fora de campo.

Vamos esperar as eleições, mas torço apenas para que não aconteça uma reeleição de Odílio. Queremos um Santos mais forte em 2015.

terça-feira, 15 de julho de 2014

O futebol brasileiro de cabo a rabo

A Seleção Brasileira tomou um baile da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo: 7 a 1. Entre o pachequismo de um Rica Perrone e as críticas exageradas de Mauro Cézar Pereira, é preciso analisar o tudo de cabo a rabo, desde a CBF até a imprensa esportiva brasileira.

CBF: A Sujeira do Futebol Brasileiro

O grande mal do nosso futebol. Não tem a capacidade de promover e desenvolver o seu único produto. Você já viu algum anúncio do Brasileirão? Ou da Copa do Brasil? Apesar de ser a entidade responsável pelo nosso futebol, não tem sequer um plano traçado para futuros talentos. 

Para a CBF, talentos surgirão naturalmente com o andamento dos anos. O problema é que realmente podemos ter talentos sempre pelo tamanho do país e quantidade de crianças que jogam bola todos os dias, mas há safras talentosas e limitadas, independente do tamanho de uma nação.

A filosofia do toque de bola, da ousadia no drible tem ficado para trás e fica claro que a CBF não dá a mínima bola para isso. Batendo recorde em patrocínios quase todos os anos, a parte de estudo do futebol é esquecida e tocada de qualquer jeito, enquanto a política funciona a todo vapor.

A CBF é um dos ambientes dos mais sujos que podemos pensar e não mudará nada quando Marco Polo del Nero for presidente no ano que vem. Está na hora da presidenta entrar em ação, coisa que não fez até agora e nem mesmo seus antecessores tiveram coragem. Se não pode intervir diretamente, já que a FIFA costuma ser rigorosa nesse assunto, precisa pelo menos criar uma legislação pertinente para estas entidades que usam nosso hino e a nossa bandeira.

Globo: sem visão a longo prazo

A relação da Rede Globo precisa ser dividida em duas partes: o futebol brasileiro (clubes e a seleção, como disse o grande craque Alex.

Sobre o futebol brasileiro, a Globo visa apenas a questão comercial, o que não é errado, mas pode acabar deteriorando um de seus principais produtos. Tornar Flamengo e Corinthians clubes bem mais ricos que os outros é ruim até para eles.

Se daqui uns anos, ficarmos com o cenário da Liga Espanhola, não teremos público nenhum nos estádios e o mercado terá uma desvalorização monstruosa. E reverter este possível cenário levará um belo de um tempo.

Sobre a seleção brasileira, tem privilégios em entrevistas e acesso. Eles pagam uma grana preta, por isso vemos Luciano Huck indo à Granja Comary e o Galvão Bueno tratando todos na seleção como amigos, falando “nossa seleção”, “nosso craque”, mas quando perde, é culpa da comissão técnica e do treinador, não do “nosso técnico e nossa comissão”. É rasteiro esse tipo de tratamento: estamos juntos na festa, mas se perder precisamos encontrar um culpado.

Pelo nosso sucesso em Copas, esse acesso da Globo com entrevistas da Fátima Bernardes precisa acabar. Vejam o exemplo da Alemanha.

Dunga era teimoso dentro de campo. Mas agiu certo quando cortou regalias dentro de campo.

Clubes: Irresponsáveis beijoqueiros de mão

Os clubes precisam trabalhar melhor as suas categorias de base e parar de beijar a mão de cartolas da CBF que não ajudarão em nada o desenvolvimento do futebol.

Por incrível que pareça, o marketing dos clubes melhorou muito nos últimos tempos, desde o aumento no valor pago pela TV e também número de sócios e patrocínios. Por outro lado, isso incidiu com a pior crise técnica do Brasileirão de todos os tempos.

Nas categorias de base, está claro por campeonatos como Copa São Paulo que vemos jogadores fortes e pouco talentosos. Se Messi fosse brasileiro e disputasse uma peneira qualquer, provavelmente não entraria.
Chega!

Técnicos: Defasagem na parte tática e arrogância

Felipão tem o seu valor. Quando Mauro Cezar Pereira, da ESPN, pega pesado com o treinador, parece que estávamos super bem com Mano Menezes, aquele que tinha a cota de jogadores do Shaktar Donetski. Scolari teve seus méritos ao conseguir em um 18 meses o que Mano não conseguiu 30.

Se com Mano não vencíamos grandes, com Felipão ganhamos de Itália, Espanha, França, Uruguai e ainda passamos por adversários como Chile e Portugal. O trabalho não foi péssimo, como disse Mauro.

Se não foi péssimo, pelo menos durante a Copa não foi bom. Felipão insistiu em jogadores como Fred e Daniel Alves por muito tempo e em nenhum momento conseguiu montar um meio-de-campo consistente.

O maior problema de Felipão é a sua teimosia. Após o gol de Klose, o certo seria ter mudado o time para não levar ainda mais gols. Levou 4 em 6 minutos e mesmo assim manteve o time até o final do primeiro tempo. NÃO!

Felipão é o retrato do técnico brasileiro atual: carismático e arrogante, acredita que o Brasil está no topo da hierarquia no futebol. Muricy(!!!), Mano Menezes, Luxemburgo e tantos outros seguem uma linha parecida.
Vão estudar, rapazes! Chega de sova!

Jogadores: Sejam mais autênticos e façam menos marketing

Fiquei sabendo que a hashtag #jogapramim foi uma ação da Sadia com Neymar, Willian e David Luiz no Twitter.  Neymar, grande ídolo do Santos, não faz nada fora das quatro linhas que não seja pensado por seus assessores. Uma pena!

O problema dos jogadores brasileiros nesta Copa foi o excesso de emoção. Não se controlaram e acabaram cometendo erros  infantis. Quem toma 4 gols em 6 minutos?

Os jogadores brasileiros precisam focar mais no futebol e esquecer um pouco o fone de ouvido e a publicidade em momentos importantes. A Copa é só de 4 em 4 anos. E no Brasil, foi uma chance única.

Resumão

Precisamos repensar o futebol brasileiro desde a base até o plano administrativo atual. Quando isso acontecerá? Nem Globo, CBF ou Dilma sabem.