O Santos de 2010 seria a base da seleção, mas só restou Neymar

Em 2010, o Santos encantou o Brasil com um dos melhores times nos últimos anos. Arouca, Wesley, Ganso, Robinho, Neymar e André eram apontados como possíveis selecionáveis e também a base para a seleção de 2014. Destes, apenas Robinho já tinha experiência com a amarelinha.

O time jogou por música no Paulistão e na Copa do Brasil daquele ano e a expectativa era que os jovens valores amadurecessem até o Mundial de 2014.

Hoje, dia 07/05/2014, Felipão convocou os 23 jogadores que irão disputar a Copa do Mundo em 40 dias. Sobrou apenas Neymar e Robinho não foi pela má fase que atravessa há um bom tempo.

Mas o que aconteceu com os outros? Por que não se firmaram nas oportunidades que tiveram? É claro que esses 4 anos mostraram quem tem valor e quem é uma mera enganação. Analisemos:

ANDRÉ

André treina pela seleção em 2010

Apareceu bem naquele ano, formando um bom ataque em momentos decisivos. Após o título da Copa do Brasil, foi vendido ao Dinamo Kiev da Ucrânia, sendo emprestado ao Bordeaux da França. Sem sucesso na Europa, passou pelo Atlético-MG, voltou ao Santos e foi emprestado ao Vasco. Está de volta ao Atlético Mineiro.

Confesso que nunca fui grande fã de seu futebol, mas foi essencial para os títulos de 2010. Em suas oportunidades na seleção, jogou apenas 4 amistosos.

AROUCA

Experiente e com 5 anos de carreira quando chegou ao Santos, viveu altos e baixos nas últimas 4 temporadas. Recebeu poucas chances com Mano Menezes e quando Felipão o convocou para um amistoso importante, não aproveitou a oportunidade diante da Inglaterra.

Apesar de ser um ótimo volante e excelente na saída de bola, não parece ainda estar a altura de vestir a camisa da seleção. Está bem atrás tecnicamente de jogadores como Ramires, Hernanes e Paulinho.

WESLEY

Ótimo jogador que jamais repetiu as atuações que teve pelo Santos quando voltou do Atlético Paranaense. Veloz, bom passador e ótima finalização a longa distância, aparecia como elemento surpresa na frente.

Passou um tempo pelo Werder Bremen e chegou a ser chamado pelo então técnico Mano Menezes, jogando poucos minutos diante da Ucrânia.

Voltou ao Palmeiras e não recebeu chances por Felipão.

GANSO

O jogador "acima da média", como o próprio afirmou recentemente, parecia ter lugar certo na seleção após a Era Dunga. Foi até chamado para a última Copa, mas entrou na lista de suplentes.

Teve chances com Mano Menezes (muitas por sinal), mas nunca mostrou um bom futebol com a amarelinha. Causador de polêmicas em semanas decisivas, Ganso deixou o Santos após várias discussões sobre valorização e salário. Essas polêmicas podem ter atrapalhado em seu desenvolvimento nos últimos anos.

No tricolor paulista, até fez boas partidas, mas está longe de ser a unanimidade que um dia foi para muitos torcedores.

ROBINHO

Robinho era o jogador de confiança de Dunga e voltou ao Santos em 2010 para chegar bem à Copa. Verdade seja dita, veio mais para benefício próprio, já que não jogava no City, do que por amor à camisa. Tanto que após a Copa, foi para o Milan e até esteve bem em sua primeira temporada, vencendo o Calcio e foi o segundo artilheiro da equipe na temporada.

Porém, vem de duas temporadas péssimas e a torcida do Milan o quer longe de San Siro. Teve oportunidade para voltar ao Brasil, mas pediu 1 milhão por mês ao Santos. Nem Neymar, que foi melhor do que Robinho no auge ganhava tanto.

Chegou a ter oportunidades com Felipão e aproveitou. Parecia certo na lista mas não conseguiu ir bem nos 6 meses que antecedem o Mundial e Scolari preferiu Hernanes, volante, ao Rei das Pedaladas. E parece que essa era a última chance de Robinho vencer um Mundial...

NEYMAR

Presença certa e é o craque de Felipão. Se o Brasil for campeão, Neymar terá ido bem no Mundial e não há outro caminho para o sucesso nesta Copa.

Neymar era muito jovem em 2010 e era até justificável levar algum outro jogador mais experiente, mas preferir Grafite a ele mostrou o quanto Dunga valorizou mais a amizade do que o poder de decisão e a técnica de um jogador.

Após aquela Copa, foi sempre chamado, mas viveu sob desconfiança por 3 anos com a camisa do Brasil. Críticas a rodo, Neymar é o tipo de jogador que desperta ódio, mesmo sem ser marrento ou arrogante.

Viveu seu ápice na Copa das Confederações com gols e lances decisivos que o fizeram ser o protagonista que sempre víamos no Santos. Tem tudo para ir bem no Mundial, apesar do ano irregular no Barcelona justificados também pelos problemas extra-campo gerados por seu pai e a cúpula do mesmo.

E em 2018? Gabigol estará presente?