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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Muito obrigado e até logo, Neymar!


A primeira vez que te vi campo foi em um desses amistosos de final de ano, lá pra  2004 ou 2005. Acho que o confronto era time do Robinho contra o time do Vagner Love, mas não tenho certeza. Lembro que a Band transmitiu o jogo e você, um menino de apenas 12 ou 13 anos, entrou no segundo tempo e foi pra cima de cantores e boleiros com ousadia e alegria.

Após aquilo, só vi te vi na Copa São Paulo de 2009, onde apareceu e mostrou uma qualidade diferente dos outros jogadores, que era a capacidade única de improviso. Confesso que o achava meio marrento, mas na verdade era mais medo de vê-lo não dar certo por ter sido investimento alto para o clube, já que você ganhava salário de jogador profissional quando tinha 14 anos e era muita pressão para “o Novo Robinho”. E eu estava bem enganado porque você chegou muito bem ao profissional!

O Santos chegou à final do Paulistão daquele com você de titular, e meu pai, que conhece de futebol, disse na semifinal contra o Palmeiras que você era craque e isso era nítido só pelo passe que deu para o Madson marcar e o pênalti sofrido que o Kléber Pereira converteu.

Após aquilo, você teve um ano discreto com altos e baixos em 2009, já que o Wagner Mancini, deu lugar ao Pofexô e Superstar Luxemburgo que o chamou de “filé de borboleta” e lhe deu poucas oportunidades. Otário...

Veio 2010 e ali nasceu uma geração que a torcida santista jamais esquecerá. Talvez aquela que ao lado da de Pelé e Robinho serão as mais lembradas em sua história. Fui ao primeiro jogo da temporada e você marcou dois dos quatro gols que o time fez contra o Rio Branco no Pacaembu.

Era coisa linda... Tudo liderado por você, que tinha como ídolo o Robinho e que em menos de um ano depois seria maior que o Rei das Pedaladas, também fundamental na história do Santos Futebol Clube.

Vieram os títulos do Paulistão  e da Copa do Brasil e o que era uma promessa, se mostrou uma realidade com apenas 18 anos. Você foi destaque nos títulos e marcou gols nos jogos mais difíceis e importantes.

Houve a polêmica com o Dorival e com isso você aprendeu. Errou? Isso você mesmo assumiu. Quem nunca errou nessa vida que atire a primeira pedra.

Em 2011, carregou o Santos para o título da Libertadores. Gols importantes, assistências, jogadas espetaculares e o título só não foi mais tranquilo por ter um companheiro de ataque fanfarrão, apesar de lutador. Você levou o clube ao título que não comemorávamos há 48 anos. Ah, Neymar! De lambuja ainda conseguimos um Paulistão em cima do Corinthians com direito a mais um gol na final e peru do Julio César!

Dali pra frente, você poderia ter ido embora e já teria ficado na história do Santos Futebol Clube.  Veio o Mundial, em que tomamos um chocolate do seu futuro clube e no final do jogo você disse: “Hoje aprendemos a jogar futebol.” Ainda te chamam de arrogante, Neymar. Pelo menos você nunca deu moral para os caga-regras deste país, em que a inveja sempre imperou quando o assunto era Neymar.

Em 2012, você também foi espetacular. Apesar de perdermos e pararmos na semifinal da Libertadores para o nosso arquirrival, você foi o único que sempre tentou, correu e nunca andou em campo. Você ainda se tornou a maior artilheiro da era Pós-Pelé e conquistou a Recopa e o Paulistão pela terceira vez seguida.

Com um time fraco no Brasileiro, só ganhávamos quando você estava em campo. Ter uma comissão técnica e uma diretoria encostada em você, lhe fez ficar de saco cheio. Não do Santos, mas dessa gente que jogou depositou o sucesso de um time em apenas um Super Craque e você resolvia quando dava. Mas vamos falar de coisas boas hoje...

Tantas vitórias, momentos, lances e dribles espetaculares, Neymar. Íntegro, sempre se doou ao máximo, fugiu de polêmicas e mesmo invejado pelo melhor amigo, continuou com seu futebol magistral dentro de campo. Danças, canetas, chapéus e um nome que para o santista é o segundo maior de todos os tempos que vestiu esse manto.

Somos abençoados, Neymar! Abençoados em um esporte com jogadores que fazem a nossa vida mais alegre e ter um orgulho que nem todos podem ter. Abençoados por ter um jogador que representa o estilo de jogo santista, a ousadia, a alegria de encarar cada dia de uma forma diferente e buscar o improviso para resolver problemas e obstáculos que aparecem no cotidiano.

Obrigado, Neymar! Até logo e volte do empréstimo para o Barcelona o quanto antes...

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